[quote_left]“Eu não sei como ganhar dinheiro, mas vou montar um e-commerce rapidinho pra vender e ficar rico!”. [/quote_left]
Com essa premissa, muitos pequenos empresários deram forma a nossa inflada bolha do comércio eletrônico brasileiro. Ou vocês ainda tem dúvidas de que estamos numa bolha?
Esquecem-se que, para uma boa estratégia de vendas online, é necessário não somente atender a uma demanda de mercado com resposta em “produto certo na hora certa”.
É preciso compreensão tecnológica, observação dos níveis de serviço apresentados pela concorrência, apoio em parceiros multi disciplinares e todo o blá blá blá que na teoria todo mundo sabe, mas no desespero, deixam pra lá porque “não vou gastar meu dinheiro com isso agora”.
Trabalho com comércio eletrônico desde 2009 e posso dizer com propriedade (por exemplo) que um SEO mal feito pode no futuro custar caro, pois a grande parte da construção das marcas online de valor vem da busca orgânica e não do Google Adwords que, dependendo do mercado, está cada vez mais prostituído.
A direção de fotografia é outro item que é deixado de lado, e não emprega o aspecto aspiracional que a marca pode trazer ao cliente com seu produto, fator que eleva sem dúvidas as vendas online. Muitas marcas, principalmente no mercado de luxo são impulsionadas pelo lifestyle que ela proporciona ao seu cliente, ao adquirir pelo e-commerce. Seduzir esse público online requer muito mais que produto e preço, por isso a foto eleva a sofisticação na medida e “justifica” o preço a ser pago pelas luxury brands.
Por essas e outras, gostaria de levantar essa questão, porque os pequenos sites de e-commerce infelizmente não tem capital nem estrutura para solidificar a marca no virtual, muito menos para a abertura de pontos físicos, com concept stores que também elevam as vendas.
Sobreviverão os pequenos?
Saindo do assunto, fico muito feliz pelo retorno do Digitais do Marketing, e nossas conversas sobre estratégia digital. Fiquem à vontade para o debate e até a próxima!