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Who Let The Blogs Out?

“…a modernidade nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambigüidade e angústia…” Tudo que é sólido desmancha no ar – MARSHALL BERMAN 1990

O que antes funcionava perfeitamente já não nos traz mais o menor resultado.

Recentemente encontrei essas ideias:

“…no mundo louco de hoje a estratégia está morta, as grandes idéias estão mortas, a administração está morta e o marketing, como nós conhecemos, também está morto. (….) Nós não apenas vivemos num mundo volátil, incerto, ambíguo e complexo, vivemos num mundo SUPER volátil, incerto, ambíguo e complexo… isso é, um mundo que ficou maluco.”

Quem falou foi Kevin Roberts. Não conheço, mas concordei com tudo.

Se a estratégia, a administração e a grande ideia estão mortas, então sobrou o que?
A desintegração e a angústia, conforme a citação acima?

O próprio Kevin responde:

“O trabalho do marketing é criar movimento e inspirar as pessoas a se juntar a você.” “De ROI ( retorno sobre investimento) para ROE ( retorno sobre o envolvimento) “

Adorei isso!

Segundo ele, o Marketing que morreu foi o analógico, o massificado. O marketing da modernidade.

Na boa, concorda que não há grandes novidades nessa constatação? Basta estar vivo para que nossas antenas capturem mudanças desconcertantes por todos os lados. Sentimentos estranhos, olhares de lado, “será que alguém mais está percebendo o que eu estou vendo”?

Eu diria que desembarcamos da modernidade faz tempo. E pelo jeito já estamos descendo também do vagão da pós-modernidade. O que mais nos aguarda?

Um mundo líquido, diria Zygmunt Bauman!

As plataformas digitais estão mudando a forma como as empresas fazem marketing. Na verdade como fazem tudo.

No mundo analógico tudo era tangível.
O mundo digital existe a partir de experiências e usabilidade. Totalmente subjetivo.

30 anos em um parágrafo

Do ponto de vista da tecnologia podemos fazer um exercício rapidinho de memória e encontrar a grande revolução que começou em meados da década de 80 – com os primeiros computadores pessoais, as planilhas, os editores de texto e os primeiros celulares no final da década.
Em meados dos anos 90, começa uma segunda onda com a internet, tanto para uso pessoal quanto empresarial. Aí vem a bolha da Nasdaq de 2000 e na virada do século em diante – mais precisamente a partir do lançamento do iPod em 2001 – o estilo digital começa a fazer parte da vida das pessoas, numa progressão geométrica sem precedentes.

E agora, nesse exato momento vivemos a quarta onda, a do mobile.

Gosto de pensar que ainda estamos no Jardim do Éden da era digital, onde até a maçã continua fazendo parte da história.. e tudo ainda está por ser feito!

Nossas mentes já estão conseguindo acompanhar a velocidade das inovações tecnológicas? Não.

Podemos dizer que nossas inteligências já ficaram digitais? Também não.

Estamos muito longe disso!

Já sabemos que os dispositivos digitais mudaram nossa relação com o mundo e com as marcas.
Se você tem mais de 17 anos – e provavelmente você tem, caso contrário não estaria aqui lendo esse post, mas jogando um game em outra plataforma – sua mente tem que reaprender novos códigos e reciclar-se.

Por que 17?
Essa é a idade da geração que nasceu pós 1995 – início da tendência da segunda onda, lembra?
Quem consegue imaginar o que essa geração será capaz de fazer com todas essas plataformas digitais?

Como suas empresas farão negócios nessas várias plataformas? Como engajarão e envolverão seus clientes (de sua mesma geração)? Como farão a medida do ROE – retorno sobre o envolvimento?

Em 1936, com as denúncias que fazia em “Tempos Modernos”, Charles Chaplin (1889 – 1977) inaugurava uma nova era. O cinema era a plataforma mais avançada da época e ele revolucionou a linguagem e a comunicação com sua genialidade. Outros gênios apareceram durante o século XX. Chegou a hora do século XXI começar a produzir seus gênios que vão operar com outras ferramentas, sob novos códigos.

Artigo originalmente postado em: http://www.id-inteligenciadigital.com.br/?p=2683

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