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Construindo Lovemarks

Vamos falar um pouquinho sobre Lovemarks?

Afinal, qual empresa nunca quis que sua marca, serviço ou produto fosse absolutamente adorada e amada por seus clientes?

Aposto que todas, e os exemplos são os clássicos de sempre: Apple, Coca-Cola, Google, entre outras diversas e importantes; mas o que diferencia uma marca que chegou lá e fez com que ela fosse apaixonante e amada pelos seus clientes?

Kevin Roberts, em seu livro: Lovemarks, o Futuro além das marcas, cita alguns itens que considera importante : Amor, Inspiração, Paixão, Respeito, Intimidade, entre outros. Parece meio genérico, não é? Emocional demais, talvez?  Em suas palestras, costuma reforçar, são cinco os elementos que uma Lovemark realmente possui, são elas: Ideia, Imaginação, Intuição, Inspiração e Insight.

Lógico que não é só misturar tudo isso para chegar na receita mágica. Afinal estes itens fazem parte do processo. Vale lembrar que o Cliente também é muito importante nisso tudo.

Aqui no Brasil cito uma empresa, que, particularmente, considero um case brasileiro de Lovemark, voltado para o setor de moda. Ela conseguiu colocar todos os itens acima, fez sua receita de bolo e chegou lá.

Quero falar da FARM. Para quem não conhece é uma marca de roupas de moda, que começou no Rio de Janeiro, na badalada feira “Babilônia Feira Hype” no final dos anos 90 – semelhante ao que tínhamos em São Paulo, na mesma época – Mercado Mundo Mix – de onde saíram estilistas e marcas bacanas de design. A Farm, difunde o “estilo carioca de ser”, com suas roupas despojadas e coloridas, que remetem ao Rio de Janeiro e outros locais do Brasil e do mundo.

Essa é uma marca que estourou aqui Brasil – e também lá fora. Quando digo estourou, significa que as meninas e mulheres apaixonadas pela FARM fazem praticamente de tudo por peças exclusivas.

Externamente, e fora do controle da marca, existe um comércio paralelo, que acontece entre elas – sim, o orkut ainda funciona e muito para esse tipo de público e comércio, os chamados brechós virtuais. Rolam trocas, vendas, encontrinhos. E seu público? Em sua maioria estudantes e mulheres de classe média alta.

Tudo isso pra dizer que a marca fez a lição de casa: fez todo o processo mercadológico e burocrático (cuidados para que uma empresa exista), e ainda assim, foi além.

Algumas sacadas da Farm foram:

Criou nada mais do que algo que é muito importante para se tornar uma Lovemark: puro relacionamento!

A empresa ouviu suas clientes, percebeu o que deixavam de pistas e insights, e com esse conhecimento, criou desejo, inspiração, status – tudo isso pedido e vindo de quem mais se importava, suas consumidoras. O que também conta é sua estratégia e seu posicionamento de mercado forte, afinal é assim que a Farm se diferencia de outras marcas de moda por fugir do padrão “Semanas de moda” ou campanhas massivas.

Significa que a Farm não tem percalços ou problemas? Muito pelo contrário, pois toda empresa sempre tem algo a melhorar, seja uma concorrência para “bater” ou uma crise pra resolver. A verdade, que algumas vezes, nada melhor que contar com o auxilio de suas clientes para chegar lá, não é mesmo? E a marca está chegando bem longe. Já são 42 lojas próprias no Brasil, página no Facebook com mais de 250 mil fãs, e um recorde de vendas pelo e-commerce: R$533 mil em 24/02/2012.

Portanto lembrem-se: para ser uma Lovemark, vocês precisam:

* estar dispostos a sair de uma zona de conforto, onde a empresa apenas “recebe” de seus consumidores;

* se preparar para enfrentar a via de mão dupla, ou seja, troca: enxurrada de informações, conhecimentos e insights vindos de seus clientes para no futuro beneficiá-los.

E no final, todo mundo ganha. Vamos transformar sua marca em Lovemark? #Fikdik

Pra inspirar e respirar:

Lovemarks: O futuro além das marcas, Kevin Roberts;

Farm: www.farmrio.com.br/adoro

www.facebook.com/adorofarm

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