Remarketing significa divulgar novamente, termo utilizado no marketing quando o objetivo é recuperar clientes e/ou atingir um target que já teve algum tipo de interação com a marca.
Existem várias formas de se fazer remarketing: através de ligação por telefone, mensagem de texto, e-mail marketing, etc. Como o assunto aqui são Links Patrocinados, abordarei apenas Remarketing no Google, que possibilita seus anúncios aparecerem na Rede de Display somente para pessoas que já visitaram o seu site.
Considerada por muitos especialistas a técnica mais avançada de publicidade online, as campanhas de remarketing costumam trazer muito mais resultado que a Rede de Display tradicional ou Rede de Pesquisa. Principalmente quando o objetivo é vender em sites de e-commerce, pois os anúncios são direcionados para um target que já interagiu com a marca, o que aumenta a probabilidade de compra.
Alterações recentes no Remarketing
Quem acompanha as modificações do Google AdWords, sabe que nos últimos meses houve alterações relevantes na ferramenta de remarketing.
Antes, por exemplo, precisávamos ter uma quantidade mínima de 500 usuários por lista de remarketing, o que dificultava a aplicação em contas com investimento mensal reduzido.
Outra dificuldade era a de instalar um código diferente para cada página que quiséssemos criar listas, mas agora basta uma tag em todo o site e podemos cria-las segmentando de acordo com as URLs acessadas.
Criando listas de Remarketing
A implementação de Remarketing começa ao instalar no site uma tag de JavaScript fornecida pelo Google AdWords. Quando os visitantes do site passam por estas páginas o script salva um cookie na máquina do usuário e envia os dados para os servidores do AdWords.
Por questões de privacidade é impossível saber quem são essas pessoas, e basta limpar os dados de navegação para o usuário deixar de fazer parte deste target.
Ao atingir a quantidade mínima de 100 usuários por página, estamos aptos a criar campanhas de anúncios gráficos, vídeo ou texto para este público-alvo qualificado.
Criando listas no Analytics
Recentemente, o Google para facilitar ainda mais o nosso trabalho, liberou a possiblidade de gerar listas de remarketing a partir do próprio código do Google Analytics, sem precisar instalar o código de remarketing!
Com isso poderemos criar listas de segmentação a partir das URLs acessadas ou das próprias métricas do Analytics, como tempo de permanência na página, taxa de rejeição, visitas/página, etc.
Para criar pelo Analytics, basta ir em Administrador > Remarketing e criar sua lista com uma infinidade de segmentações.
Remarketing: perseguição ou destino?
Alguns dizem que Remarketing é perseguição! Muitos usuários provavelmente já tiveram a impressão de estar sendo seguidos por anúncios enquanto navegava pelos mais variados sites da internet.
Certa vez ouvi uma história bem interessante contada pelo @Gerson_Ribeiro: uma mulher estava quase comprando um sapato online e desistiu. Mais tarde, todo site que ela entrava via o banner do tal sapato, dito e feito: comprou. Depois foi explicar para o marido: Amor, você não acredita. Vi um sapato lindo em um site ontem e não comprei. Quando foi hoje, todo site que eu entrava lá estava ele… sabe? Coisa do destino! Tive que comprar.
Agora deve estar mais claro como funciona “por de traz das cortinas” esta ferramenta poderosíssima. Tanto para o usuário que estará exposto a anúncios mais relevantes, como para os responsáveis por e-commerce que poderão fazer seus produtos parte do destino de quem realmente quer comprar.
No próximo artigo, que é uma continuação deste, irei abordar 10 Ideias para segmentar listas de Remarketing e estratégias para aumentar a taxa de conversão das campanhas.
Como empresário, aprovo o remarketing, como consumidor, depende.
Certa vez entrei em um site de jogos e o bendito game me perseguia por todos os lugares que ia. Se eu estivesse em dúvida se queria comprar o game ou não, eu teria feito.
O problema é que não queria o jogo, ja havia decidido. Como consumidor, me senti perseguido, como diz o post.
Realmente Erick, existem dois pontos de vista:
Um é o do consumidor que muitas vezes sofrem com a exposição indiscriminada destes anúncios. Primeiro porque ele não autorizou ser “perseguido” na internet (mesmo que somente as publicidades que acessam sua privacidade, precisam de autorização), e segundo porque eles não sabem como deixar de fazer parte desta lista, como está explicado no artigo.
Já o outro ponto de vista é do empresário, que quer sua marca sendo divulgada para um público com mais chances de se identificar com a marca. Cabe também uma estratégia inteligente – com limitação de exibição, por exemplo, pois uma prática positiva e certeira, pode se tornar algo chato e invasivo.
O interessante disso tudo é que há uma linha tênue que converge ambos interesses. Quando elaboramos uma estratégia inteligente conseguimos agradar os dois lados, preservando a reputação da marca e mostrando anúncios relevantes sem extrapolar o limite de tolerância do usuário.