Artigo escrito por Luciana Maryllac em parceria com Kauê Krischnegg Pereira, no Facebook ele é /
Você não espera estar em uma roda de amigos conversando quando de repente aparece um vendedor no meio do bate-papo e:
“Vocês sabiam que tem uma promoção na loja X de um produto Y, por apenas R$ Z? Demais, não? Vamos curtir!”
Para que seus amigos sejam influenciados pelas promoções e percepções dessa loja, é preciso investir em uma construção de marca, onde torna-se referência para assuntos relacionados ao seu mercado de atuação. Construção de marca e poder de persuasão no mercado digital demanda tempo e muita criatividade, além de dinheiro, claro!
É bem complicado esperar ROI eficaz de e-commerce num ambiente onde as atenções estão voltadas para outras coisas. As pessoas estão na rede social para adquirir e compartilhar conteúdo, e nessas plataformas os usuários não tem foco principal na compra produtos ou serviços, mas é possível influenciar a aquisição e expor seus diferenciais. Branding é investimento na reputação da marca a longo prazo, pois a popularidade gera relevância e se tiver bons conteúdos é possível se destacar. Relevância gera indicações e recomendações, consequentemente, geram vendas.
“Na minha opinião é a melhor ferramenta atual de branding [Facebook Advertising], seja pela economia, seja pela segmentação que podemos determinar. Temos campanhas que geram frequência média de 450 exibições por usuário alcançado, e são usuários com perfil altamente potencial para o cliente. Mesmo com baixos cliques as pessoas certas estão arquivando a sua existência e considerando a sua opção em algum momento da sua vida, seja consumindo ou recomendando. E sem contar a qualidade das conexões, uma campanha bem direcionada e com objetivos bem claros podem nos trazer as pessoas certas para se relacionar. Ainda considero melhor conectar a pessoa a uma fanpage do que levar para um site ou hotsite e a pessoa nunca mais voltar”, Thiago Akira, Criativo e Planner da 80 20 Marketeria Digital.
Com certeza Facebook não é lugar de anunciar “De R$ 999 por R$ 888”, ele está se promovendo como uma plataforma de histórias e conteúdos, e através dessas histórias que vamos entretendo os clientes para que eles comprem nossos produtos ou sejam fiéis a nossa marca. Se efetivarmos o pensamento de que “o facebook não gera vendas”, então seria o mesmo que pensar que TV, Rádio ou Revista também não, pois quem sai de casa assim que lê ou assiste a uma propaganda publicitária para ir comprar e já chega dizendo “Vi a propaganda na TV, quero comprar”?
Sim, são ambientes completamente diferentes, mas na web ainda não há maturidade suficiente no comportamento da sociedade para tanta instantâneidade (já que a compra poderia ser espontânea, pois depende de um clique). Geralmente são 3 problemas-chave: relevância, tempo e privacidade.
Quando as pessoas vêem uma propaganda logo fazem um comparativo de preços, perguntam aos seus amigos sobre aquela marca, produto ou loja. E aí que entra a construção da sua marca, as pessoas vão recomendar as marcas em que elas confiam, que acreditam na reputação. São poucos os que compram algo porque viram a propaganda, e a ferramenta de Multi-Canais do Google Analytics está aí para provar. Os clientes passam por diversos canais, antes de realmente efetuarem sua compra.
Antes de entender de ferramentas digitais, é preciso entender o comportamento do consumidor e isso inclui todas as etapas como a criação do desejo do produto, contrução e análise do conceito, canais de transmissão, avaliação dos concorrentes vs. situação do mercado de atuação (aproveitar para analisar cada mídia em que irá trabalhar o produto – on e off), os diferenciais, venda e compra efetivada com sucesso, pós-venda e fidelização do cliente. Hoje, com a expansão, avanço e acessibilidade da internet, branding não é uma opção, e sim uma necessidade. É preciso ter uma visão panorâmica para enxergar as possibilidades de atingir seu público, como já dizia Charles Chaplin: “Sabendo pouco como eu sabia sobre cinema, meu sucesso só foi possível porque eu conhecia muito sobre o ser humano”. E você: conhece seu cliente?