Diz a canção que “recordar é viver”. Pode ser para muitas situações, mas relembrar o tempo em que as “famosas redes” não existiam, é quase impossível. Hoje, sentimos necessidade de estarmos ‘disponíveis’ no mundo virtual (ou somos induzidos). A internet tornou-se um meio de vida quando não é, para muitos, a própria “vida” e milhares de usuários estão cadastrados em pelo menos uma ou mais redes sociais das que existem por aí. E novas surgem. O propósito é a troca de informações, gostos e assuntos em comum – ou não – entre cidadãos de diversas bandeiras cujas distâncias foram ‘suprimidas’ pelas tramas da web. A “necessidade” é tão grande que até as corporações, não importam o tamanho nem o negócio, exercitam suas pesquisas e realizam suas promoções através das redes. As redes também são o ópio do capital.
As redes se transformaram na nova praça de convivência e de negócios onde os compartilhamentos movem emoções, sentidos e conduzem transações de consumo, de comportamento e de tentativa de construção de uma nova ordem. O mundo online se transformou em um idioma universal e para todas as idades. Saímos do estágio de avaliarmos a nossa entrada ou não na web e passamos a nos preocupar em como colocar determinado conteúdo em seus espaços. O “boom” é tão gigantesco e as redes, além de nos cercar através das necessidades e desejos que temos,‘criam’ outros e nos induzem a incorporar aos nossos. Assim, o cardápio nos apresenta plataformas para filmes, livros, games, contatos profissionais, entre outros.
O problema começa quando as plataformas são usadas sem um propósito. Afinal, é muito simples se cadastrar e postar o que quiser. Existem inúmeros casos onde a socialização não é saudável e acaba em complicações sérias. O usuário das redes deve entender que há uma grande diferença entre a realidade virtual e a convivência diária, olho no olho. Portanto, cuidado. Exercite e mantenha suas relações em torno do que de melhor a internet nos oferece. Construa networks, dê vida a projetos e crie relacionamentos. Bons e contributivos relacionamentos. A sensação de ter o mundo nas mãos e ir aonde quiser é deliciosa. Porém, nunca se sabe o que passa na cabeça de alguém que está “seguindo” você durante esse seu “deslumbramento”.